quarta-feira, 23 de março de 2011

Aniversário(s) e Natal na América


O que contar sobre o mês de dezembro? Dizer que é a temporada de aniversários importantes, de festas em família e comilanças todo mundo (que me conhece) está careca de saber. Falarei, então, resumidamente, sobre a experiência de comemorar os meus 26 longe de meus familiares e amigos, sobre a sensação de não poder abraçar meu irmão de coração ou minha mãe quando estes também ficaram um ano mais velhos e, por fim, sobre como é bom curtir toda a expectatica do Natal aqui na América e como é maravilhoso presenciar a alegria de uma criança linda (a bebê que eu cuido aqui) abrindo seus presentes.
Vamos por partes entonces:
1. Comemorar meu aniversário num sábado de frio ameno, num país diferente, numa cidade charmosérrima e sem ter que me preocupar em desarmar bomba nenhuma, foi ouro! Ficar mais perto dos 30 e estar tecnicamente velha soou como nada se comparado à paz que senti. Por quê? Porque nos últimos cinco anos o dia 04/12 era uma data menos divertida. Normalmente eu estava atolada de provas na faculdade, ou ainda tinha relatório de estágios para terminar, ou, o que foi pior, a monografia. Tudo isso SEMPRE acompanhado de muito estresse no trabalho. Eu praticamente não existia.
Então, mesmo ainda abalada com a perda da minha avó que ocorreu na semana anterior (27/11) e sentindo a falta dos abraços costumeiros que recebia nessa ocasião, poder aniversariar em paz foi muito bom. Ficar mais velha é fato. Chegar lá é inevitável, mas pode ser interessante.
Bem, a rotina daquele dia foi toda diferente, light e cheia pequenas surpresas: trabalhei de manhã e cortei os cabelos no início da tarde (Siiimmm! Finalmente dei um jeito nas madeixas depois que as vendi no início de 2010!!!) num salão onde todo mundo (menos eu e a minha host) falava Russo. Esse foi o presente dela, aliás, e eu simplesmente ameeei o resultado!
Quando voltamos, eu fiquei em casa com a baby enquanto meus hosts foram comprar a árvore de natal, a primeira da nossa pequena. Quando eles chegaram, ajudei no que pude e filmei o momento para eles. Nessa altura eu ainda não havia decidido se iria ou não pra Philly e só decidi quando conversei com a Jaque e ela, para variar, me convenceu. Catei o trem das 18h15min, quase o perdi, aliás, mas até isso foi divertido... :P
Cheguei em center city eram quase 19h. A Jaque e os hosts dela me buscaram na estação, com direito a balão, presente e "cantação" do "Happy Birthday" dentro do carro pra mim. Muuuito fofo da parte deles, ameeei!
Logo chegamos na casa dela, nos arrumamos, e fomos para um bar chamado Alpha e lá ficamos só no warm up mesmo. Quando a Ana se juntou ao grupo decidimos ir a algum outro lugar e escolhemos o Irish Pub. Como era meu aniversário nem precisei pagar a entrada e eu adorei isso, lógico! Quem quiser visualizar as fotos daquela night é só clicar nesse link do meu Picasa.
Também fiz um vídeo quase no final, quando a fome bateu:


No dia seguinte fui com as meninas conhecer o Art Museum. Estava mais frio e eu quase congelei as orelhas até chegar lá, mas tudo bem. Tudo pela arte, coisa que eu amo e fico muito boba, aliás! Fotos no link do Picasa.
2. Esse mesmo dia, 05/12, foi também marcado pelo aniversário do meu maninho de coração, o Vini. Fiz pra ele uma pancada de vídeos, tentando amenizar a questão da minha não-presença física. Algo que, aliás, tenho feito sempre que posso ou em ocasiões específicas. É engraçado/estranho estar longe de pessoas que você ama em datas especiais. O mesmo se aplicou quando minha mãeaniversariou, no dia 09/12. Senti, pela primeira vez desde que estou aqui, algo parecido com "what hell am I doing here?". Queria tanto ter estado com ela, comemorado com ela e os meus demais familiares... Que nada, hoje entendo que querer ser melhor exige sacrifícios exatamente como este.
3. Mudando um pouco de assunto, mas não de mês, preciso falar um pouco sobre a experiência que tive com o Christmas daqui. Não sei se é o frio ou o que exatamente, mas senti o Natal daqui como mais "Natal" que no Brasil. Não sei, talvez tenha sido só impressão, já que eu tinha até me esquecido como essa época do ano pode ser mágica para uma criança. Toda a preparação, decoração e procura de presentes. Tudo foi o maior barato e eu amei viver isso de novo.
Aqui não existe essa de Papai Noel visitando as casas na véspera. Ele, segundo a velha e batida lenda, entra nas casas pela lareira enquanto todos dormem e deixa os brinquedos embaixo da árvore e doces nas meias penduradas na lareira. Contudo, como a bebê é novinha ainda pra que tudo isso faça algum sentido, fizemos as coisas meio à moda brasileira, reunindo a família e amigos parar abrir os presentes na noite de 24/12. Ver a cara dela a cada novo presente que abria não tem preço! Amei demais a experiência.
Amei tanto que abrirei uma excessão. Este próximo vídeo mostra o momento em que a nossa pequena abre o presente que dei a ela. Uma vaquinha que canta "Old McDonald had a farm":


Porque a magia do Natal se encontra em momentos únicos de felicidade pura. Exatamente como este.


I'll be back soon.
Carpe Diem.

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